Pura arte em movimento, assim foram os dias na Câmara Municipal de Barra dos Coqueiros, com a Exposição “A arte fluiu em mim”, da artesã Sídia Oliveira, que esteve aberta ao público do dia 06 a 10 de fevereiro no Salão Expositivo Mestra Iolanda.
A mostra é resultado de uma iniciativa da Casa Legislativa de incentivar a cultura e os artistas locais, abrindo espaço para que artistas plásticos, artesãos, fotógrafos e afins divulguem seus trabalhos.
“Quando eu vi a inauguração do Salão Mestra Iolanda e essa iniciativa da Câmara com os artistas, eu fiquei muito feliz; e hoje poder estar aqui expondo as minhas peças é gratificante. Quero parabenizar a Câmara e o presidente Fernando Freitas por esse projeto”, declarou Sídia Oliveira.
Durante uma semana, a artesã Sídia Oliveira, apresentou ao público diversas peças em cerâmica com pinturas desenhadas pela artista que retratam o cotidiano, traça paralelos entre a Barra dos Coqueiros do presente e do passado, assim como a fé e a representação dos povos.
“Eu trouxe ao público um mix sobre aquilo que representa minha arte. Gosto de peças coloridas, pintar a minha cidade e máscaras índigenas, como forma de eternizar a nossa história e também por trazer a sensação de pertencimento, lembrar sempre de onde eu vim”, explicou.
Sobre a exposição e a artista
Sídia Oliveira, 37 anos, casada, mãe de dois filhos, cidadã barracoqueirense.
A aptidão artística de Sídia Oliveira floresceu ainda na infância, quando criança ela gostava de desenhar e se expressar através das linhas e traços que até hoje contornam a escrita de sua história. Mas, como muitos outros artistas, a trajetória de Sídia teve muitos altos e baixos.
Antes de deixar seu lado artista aflorar, Sídia buscou uma formação curricular mais tradicional, se formando como pedagoga. Ela conta que mesmo em meio aos dias corridos e cansativos da sala de aula, a arte se fazia presente, pois utilizava a sala de aula para incentivar seus alunos a desenhar e pintar e desenvolverem seus talentos. Assim se passaram longos anos dedicados à escolas e salas de aula.
Porém, durante a pandemia de coronavírus, que levou o mundo a uma crise não apenas de saúde, mas também econômica, Sídia Oliveira foi desligada do emprego na escola em que trabalhava e a partir desse momento decidiu dar um novo rumo a sua vida.
Sídia Oliveira sentiu a necessidade de se dedicar a um trabalho que trouxesse mais refresco aos seus dias, se afastando da correria do dia-dia.
“Quando eu fui demitida da escola eu pensei, preciso fazer algo novo. Dar um novo significado à minha vida e trabalhar com algo que me dê mais tranquilidade, me livre da ansiedade e principalmente me traga mais liberdade”, contou Sídia.
Foi assim que rememorou aquela criança que amava pintar e desenhar. “Eu deixei fluir a arte que já existia em mim”.
Hoje Sídia Oliveira vive de sua arte, além de participar de exposições e feiras de artesanato, ela tem um trailer na Rodovia Se-100, onde expõe e comercializa suas peças.